Escola de Frankfurt: Curso Introdutório

By 1 de fevereiro de 2019 abril 25th, 2022 Lab+, Todos
 
 

ESCOLA DE FRANKFURT: CURSO INTRODUTÓRIO

O curso tem como objetivo apresentar a história, os autores e os principais conceitos e influências da Escola de Frankfurt, mostrando ainda como se deu sua recepção no Brasil, quem são seus principais críticos e a atualidade de suas reflexões.

Horas/Aula
08 horas de videoaulas
Início
29.03.2021
Modalidade
EaD ao vivo
Dias
29 e 31 de Março
05 e 07 de Abril
Das 19h00 às 21h10

Descrição

Fundado em 1923 por, entre outros, Felix Weil e Friedrich Pollock, o Instituto para Pesquisa Social, de Frankfurt, dedicava-se aos estudos de um marxismo, por assim dizer, mais ortodoxo. Em 1930, quando Max Horkheimer assume a direção do instituto, surge a Escola de Frankfurt tal como a conhecemos, na qual uma visão renovada do marxismo, somada com outras influências teóricas, como a psicanálise freudiana, ganha fôlego, sobretudo com as reflexões de Theodor Adorno. É a partir de Horkheimer e Adorno que os frankfurtianos tornaram-se uma das referências obrigatórias para compreender o mundo diante das contradições do capitalismo e do avanço das ideologias autoritárias.

Presentes nos mais diferentes campos do conhecimento –despertando paixão e ódio, mas sempre com o compromisso de fazer pensar a partir de sua Teoria Crítica da Sociedade –, os autores das diferentes “gerações” da Escola de Frankfurt trabalharam – e trabalham – ideias e conceitos inescapáveis como o de “indústria cultural”, “razão instrumental”, “dialética do esclarecimento”, “personalidade autoritária” e “teoria da ação comunicativa”. Em um mundo polarizado e que muitas vezes recusa o convite para pensar com maior profundidade sobre temas cruciais, o pensamento frankfurtiano surge como uma alternativa para compreender o passado, presente e nosso futuro enquanto sociedade.

O curso Escola de Frankfurt: História, Ideias e Legado tem como objetivo apresentar a história, os autores e os principais conceitos e influências da Escola de Frankfurt, mostrando ainda como se deu sua recepção no Brasil, quem são seus principais críticos e a atualidade de suas reflexões.

Conteúdo

 [Aula 1] Escola de Frankfurt, uma introdução

Aula introdutória sobre a formação do Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt. Debateremos o cenário político da Alemanha após a derrota na Primeira Guerra Mundial, o fracasso da República de Weimar e os conflitos políticos que levaram à conflagração do nazismo. Dando destaque às matrizes teóricas que foram articuladas pelos pensadores do Instituto, elencaremos as pesquisas realizadas pelo grupo, pondo, também, atenção à figura marginal de Walter Benjamin, e apresentaremos as mudanças operadas na Teoria Crítica após a Segunda Guerra Mundial, quando emerge uma nova geração de pensadores desta tradição.

TEMAS:  A Alemanha de Weimar/ O Instituto para Pesquisa Social: o surgimento da Escola de Frankfurt/ Matrizes e contribuições teóricas /A presença de Walter Benjamin/ A Escola de Franfkurt na segunda metade do Século XX.

[Aula 2] Por dentro da teoria frankfurtiana, parte I

Aprofundamento das questões teórico-filosóficas elencadas na primeira aula, focado, primeiramente, no conceito de “Crítica” que permeará a atuação da chamada Escola de Frankfurt. Adotando uma postura mais aliada ao marxismo, debateremos alguns trabalhos importantes para que entendamos a atuação do Instituto. Nomeadamente, a tese de doutorado de Max Horkheimer, a tese de Herbert Marcuse sobre a filosofia da história de Hegel, a interpretação de Erich Fromm sobre a filosofia de Marx e a “Dialética do Esclarecimento” de Horkheimer e Adorno.

TEMAS: A noção de crítica/ A filosofia burguesa da história (Horkheimer) e a filosofia hegeliana da história (Marcuse)/ O conceito marxista de homem (Fromm)/ A Dialética do Esclarecimento (Adorno e Horkheimer)

[Aula 3] Por dentro da teoria frankfurtiana, parte II

Nesta aula, traremos de volta a figura de Walter Benjamin, destacando sua relação intelectual com Theodor Adorno, articulando os tópicos que os ligavam, como a análise da Modernidade, as preocupações com a estética e com a educação. Lidaremos, também, com dois pensadores centrais à Teoria Crítica na segunda metade do Século XX, Jürgen Habermas e Axel Honneth, apresentando um panorama de suas preocupações e reflexões, focando-nos, principalmente, na teoria da ação comunicativa de Habermas e na retomada do conceito de “reificação” por Honneth.

TEMAS: A relação entre Benjamin e Adorno: o trabalho das Passagens, estética e educação/ Habermas e Honneth.

[Aula 4] A Teoria Crítica na atualidade

Discussão sobre a teoria crítica no Brasil, elencando autores e pensadores que se dedicaram a esta tradição e dando atenção especial ao pensamento de Roberto Schwarz. Retomada de pensadores em diálogo com a Teoria Crítica, em especial, Giorgio Agamben, Judith Butler e Christian Fuchs, apontando, também, a retomada da teoria da justiça de Walter Benjamin. Encerramento com um balanço geral sobre a ideia de “Marxismo Cultural” utilizada pela direita contemporânea.

TEMAS: A teoria crítica no Brasil (Roberto Schwarz)/ Contribuições ao Século XXI: Agamben, Butler, teoria crítica digital e a retomada da filosofia do direito de Benjamin/ o “Marxismo Cultural” e as teorias da conspiração sobre a Teoria Crítica.

Formas de pagamento

Cartão de crédito: 05 parcelas
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Certificado

Todos os participantes que assistirem 75% das aulas ao vivo ou gravadas receberão certificado.

Material de apoio

Todos os alunos poderão baixar o material usado pelos professores nas aulas.

Professor

GUSTAVO RACY
Doutor em Ciência Sociais pela Universidade da Antuérpia, editor da Sobinfluencia Edições. Membro do Visual and Digital Cultures Research Center (ViDi) – Universidade da Antuérpia e do Núcleo de Análise de Conjuntura Internacional (NACI) – PUC-SP.

Referências

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ADORNO, T. 2009. Indústria Cultura e Sociedade. São Paulo: Editora Paz e Terra.

________. 2010. Educação e Emancipação. São Paulo: Paz & Terra.

ADORNO, T. & HORKHEIMER, M. 2006. Dialética do Esclarecimento. Fragmentos Filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar.

BENJAMIN, W. 2011. Escritos sobre mito e linguagem. São Paulo: Editora 34.

__________. 2009. Passagens. São Paulo; Belo Horizonte: Imprensa Oficial; UFMG.

BEST, B.; BONEFELD, W. & O’KANE, C. (eds.). 2018. The SAGE Handbook of Frankfurt School Critical Theory. Los Angeles; London; New Delhi; Singapore; Washington DC; Melbourne: SAGE.

BUTLER, J. 2009. Frames of War. When if Life Grievable?. Londres: Verso.  

FROMM, E. 1967. O Conceito Marxista do Homem. Rio de Janeiro: Zahar.

FUCHS, C. 2008. Internet and Society. Social Theory in the Information Age. Nova Iorque; Londres: Routledge.

FUCHS, C. & MOSCO, V. (eds.). 2016. Marx in the Age of Digital Capitalism. Leiden; Boston: BRILL.

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HONNETH, A. 2008. Reification: A New Look at an Old Idea. Oxford: Oxford University Press.

_________. 1995. “From Adorno to Habermas: On the Transformation of Critical Social Theory”. In. The Fragmented World of the Social. Essays in Social and Political Philosophy. Nova Iorque: State University of New York Press.

HORKHEIMER, M. 2010. Les Débuts de la Philosophie Bourgeoise. Paris : Payot.

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MARCUSE, H. 2004. Razão e Revolução. Hegel e o advento da teoria social. São Paulo: Paz & Terra.

SCHWARZ, R. 2007. “As ideias fora do lugar”. In. Ao Vencedor as Batatas. São Paulo: editora 34.

__________. 2008. Um Mestre na Periferia do Capitalismo. São Paulo: editora 34.

RICHARD, L. 1988. A Alemanha de Weimar (1919-1933). São Paulo: Companhia das Letras.

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